terça-feira, 24 de abril de 2007

Histórias de bar

Resolvi soltar o meu lado "Luis Fernando Veríssimo" e escrever algumas crônicas da vida privada. Por favor, não me xinguem, eu sou quase um virgem na coisa.

Aqui estão:


Se tem um lugar onde acontecem e são compartilhadas histórias muito divertidas, esse lugar se chama bar. Pub, boteco, padaria, lanchonete, music bar, barzinho, não importa o nome. O fato é que histórias acontecem e são contadas lá, geralmente com um volume de voz e interpretação acima do habitual. Claro, o alcool, seja de que espécie for, ajuda.


Certo dia havia recém chegado em uma lanchonete-bar lá pela altura do nº 900 da Avenida Paulista. Encontrei meus amigos e comecei a conversar, em volume ainda normal, pois a cervejada havia acabado de começar. Havia um grupinho de pé ao nosso lado, que apesar de não ter encontrado uma mesa, parecia já ter tomado várias garrafas a mais do que nós. Uma frase resume e auto-explica o debate deles: "Aí eu disse pra ela: não fica com ele, lembra: você tá de saia!". Mas mesmo assim ela ficou com ele.

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Havia um grupo de amigos em um "music bar" numa cidade do interior. Entre um cantor ao vivo e a discotecagem do lugar, sertanejo, forro, funk carioca e todas as suas váriações. Mas o grande sucesso do lugar era o choppe. Era servido em uma torre, de 2,5 litros. Depois das duas horas da manhã, ninguém sabia mais a diferença entre funk ou sertanejo-romantico. Todo mundo grita qualquer coisa, abraça todo mundo e pulava qualquer coisa. E o cantor lá, de mesa em mesa, simpatico com todos e cantando quase todas músicas que lhe pediam. Sempre com seu copo de whisque, sem gelo, constantamente cheio, graças à seus "fãs". Toda vez que passava por uma tal mesa, um grupo de amigos, mais do que todos naquele lugar, aplaudia, gritava e batia na mesa, histéricamente. A terceira torre já havia acabado. Um deles, o único que gritava alguma coisa que podia ser decodificada, gritava até quase ficar sem ar: "Rafael, Rafael!". Até que seu vizinho de mesa lhe avisou: "O nome dele é André". O primeiro não se abateu com o aviso e rapidamente respondeu: "Não tem problema, pois nem eu, nem você e nem ele vamos lembrar disso amanhã". Ele só queria esplanar a alegria de estar bêbado. Na verdade, todos estavam. E nenhum deles se lembrou da história na manhã seguinte.

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Tamires era uma mulher que nunca, mas nunca mesmo, bebia. Ano passado foi à um encontro das amigas de faculdade que não via há mais de quinze anos. Uma delas havia recém aberto um "barzinho" (denominação dada aqueles bares que tem mesas e cadeiras que não são de plástico). As quarentonas lá se reuniram e a anfitriã ofereceu uma garrafa de vinho. Um Cabernet Sauvignon, Chileno, reserva de 1997, caríssimo. Tamires achou chato não participar da tão saudosa comemoração e tomou uma ou duas taças, nem ela mesma se lembra ao certo. Chegou em casa ainda muito alegre, e percebeu que os filhos não estavam em casa. Na verdade, lembrou-se que os filhos tinham viajado para a Argentina há três dias e voltariam só no meio da outra semana. Subiu as escadas e encontrou o marido só de cuéca, assistindo tevê no quarto. Logo se interessou com a idéia de mantê-lo alí mesmo, mas sem a cuéca. O marido percebeu a felicidade da esposa e não negou fogo. Pelo menos, não tentou negar. Mas não conseguiu. Não reconheceu a esposa. Sentiu-se traindo.

As mulheres e os bêbados

Qual a diferença entre vender cerveja e outras bebidas alcóolicas? Estava pensando nisso esses dias. Porque os reclames de breja sempre tem sempre muita mulher, praia e diversão. As de Whisky, por exemplo, são mais inspiracionais, com temas elevados. Ou a fuga dos problemas: quem não lembra do "Deu Duro? Tome um Dreher". As de cachaça geralmente são engraçadas, com piadas de duplo sentido, mas quase sempre sem conteúdo sexual "visual".
Acho que a difereça é o clima em que se toma cerveja. Aquele velho papo do "cerveja lembra verão" que eu falei no post aí de baixo... Se bem que dá para tomar Whisky na praia, com água de coco.
A verdade é que os publicitários só repetem clichês. Convencionou-se que propaganda de cerveja tem que ter gostosa, então eles ficam repetindo.
Abaixo eu separei duas propagandas legais de bebida alcóolica.

A primeira é do Whisky Cheevas, com um tema mais aspiracional e uma música bonitinha...



O outro comercial é brasileiro, da cachaça Sagatiba

domingo, 22 de abril de 2007

Bons comerciais de cerveja sem gostosas

Para fazer comerciais de breja, os publicitários pensam assim: cerveja lembra verão. Verão lembra praia. Praia lembra pessoas vestidas em trajes sumários torrando ao sol, ou seja trajando biquínis, maiôs, sungas ou bermudas. Mas como as pesquisas indicam que os homens bebem mais cerveja são que as mulheres (70% dos homens bebem e apenas 60% das mulheres consomem a bebida), sungas e bermudas são sumariamente eliminados que qualquer reclame. Maiôs também caem fora, pois lembram moças recatadas – o que não combina com verão e tampouco com a felicidade causada pela cerveja. Ficam, então, os biquínis. Luize Altenhofen, Karina Bacchi, Ellen Roche e Juliana Paes estão entre as moças que já usaram tal traje em propagandas de cerveja.

Mas nem todos os comerciais de breja utilizam-se de gostosas de biquíni para atrair seus consumidores. Segue agora uma lista comentada dos reclames de cerveja que fugiram do lugar-comum...

Começo com esse bem bacaninha da Skol, criado pela F/Nazka e veiculado no verão 2006/07. O texto é bacana, evocando a amizade e tal. Acho que a mensagem funciona porque beber é um ato social. A não ser que você seja meio alcoólatra, é bem possível que goste mais de beber acompanhado de amigos do que sozinho. A loucura coletiva dá uma certa alegria... e uma tremenda vontade de chamar os amigos pra beber uma cerveja, na praia de preferência. Dá uma olhada e vê se vc gosta:

Esse da Skol também é muito bacana. Foi veiculado na época da Copa do Mundo da Alemanha, em 2006. Ver argentinos se ferrando por causa da malandragem brasileira não tem preço. Tem uma versão gozadíssima com um “torcedor europeu”, que aparece pelado e faz uns gols pro Brasil.

Essa é gringa, de uma cerveja chamada Isenbeck, da Argentina. É sensual, principalmente para os homens que têm fetiche por bailarinas (?), mas não descamba para o mau gosto. Repare como é mais um comercial que tem um tom de malandragem. Tomar cerveja é coisa de malandro?

Quem nunca dançou Macarena? É um símbolo de uma latinidade brega, mas incrivelmente divertida. Afaste o sofá da sala e abra uma Heineken!

Feministas, não me entendam mal. É que o reclame aí de baixo representa uma verdade universal:


Agora tem umas que viajam. Tipo esse comercial da Nova Skin. Qual a relação entre ser “Zé Ruela” e cerveja? Será que a breja deixou o moço consciente de sua condição? No mínimo estranho.


E você, lembra de alguma comercial bacana de cerveja que não tenha gostosas de biquíni. Deixe um comentário!

Abs

O dia da corrida

Os domingos no autódromo de Interlagos são sempre especiais. E desta vez não foi diferente. Festa preparada para a abertura da temporada da Stock Car. Aliás, está realmente aberta. Não arrisco dizer quem será o campeão.

Acordei às 7 horas, sai de casa às 8 horas e cheguei ao circuito às 9h15. Ainda bem, pois deu para conversar com alguns colegas de profissão, como o Garcia, o Victor e o Fábio Seixas. O clima estava muito bom na sala de imprensa. Já estou me acostumando a ela. Afinal, passarei muito tempo de minha vida nesse tipo de local daqui para frente.

Os carros começaram a ir para o grid às 10h30. Antes disso, houve uma corrida de bicicleta. Fiquei observando os bólidos de uma visão privilegiada, em cima dos boxes.

Dada a largada, ia de um lado para o outro. Ora via a TV, ora via a Reta Dos Boxes ao vivo. Tudo lá na sala de imprensa. E a Rede Globo perdeu a ultrapassagem da corrida! Como diria um colega: “O carro que estava atrás foi teletransportado e agora está na frente”. Foi engraçado, mas gostaria de ter visto a manobra.

No fim, o “pequeno notável” Ricardo Maurício conquistou sua primeira vitória na Stock Car. Felipe Maluhy cruzou a linha de chegada na segunda posição. O pole position, Daniel “Neves” Serra, ficou em terceiro, seguido por Hoover Orsi, seu companheiro. Minha aposta, Ingo Hoffmann, obteve a quinta posição. Boa corrida dele, para variar.

Depois disso, acompanhei o pódio, a coletiva e sai do paddock. Para chegar ao carro, eu e meu pai passamos pelo "S" do Senna e ficamos por lá por uns 15 minutos. Vimos a largada da Light e alguns acidentes naquele ponto.

Saí do autódromo com vontade de pilotar. E de escrever. Dizem que jornalista de automobilismo é um piloto frustrado. Será?

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Quinta-feira em Interlagos

Será dada a largada para mais uma temporada da Stock Car, agora Copa Nextel Stock Car, neste fim de semana. Estive hoje no Autódromo Internacional José Carlos Pace, em Interlagos, para buscar minha credencial. E não é que foi divertido?

Cheguei ao circuito por volta das 10h45. A coletiva de apresentação já havia começado. Achei que ela aconteceria na sala de imprensa, mas, na verdade, foi no paddock. Assim foi melhor. Até houve um cocktail de recepção. Cumprimentei meus colegas, vi os depoimentos dos representantes das montadoras (Chevrolet, Mitsubishi, Volkswagen e Peugeot) e do presidente da Vicar, empresa que organiza a categoria, Carlos Col. A apresentação ficou por conta do Otávio Mesquita, apresentador de TV que correrá na Light neste ano.

Encerrada a coletiva, peguei minha credencial e fui à caça dos pilotos. O primeiro com que falei foi Felipe Maluhy. Em seguida, conversei com o Tarso Marques. Cliquem aqui e confiram o resultado.

Fomos entrevistar o Popó Bueno depois disso. A assessora dele, a Bela, foi muito gentil. A entrevista aconteceu dentro dos boxes da equipe dele, a Hot Car. Foi esclarecedora.

Às 12h45, sai de lá. Mas voltarei no domingo, quando acontecerá a corrida. Até lá, mais aventuras no meu habitat natural, que é o autódromo.

Só lembrando aos pilotos que cerveja e direção não combinam, apesar de algumas equipes de Fórmula 1 receberem patrocínio de fabricantes de bebidas alcoólicas. rs

terça-feira, 17 de abril de 2007

A primeira vez é sempre mais complicado...

Não é? Isso vale sempre. Primeiro dia de aula na escola nova, primeiro dia de aula na faculdade, primeiro emprego, primeira namorada...enfim!

Vamos lá então, para o primeiro do Primeiro. Primeiro Post.

Deveriamos explicar aqui, hoje, o nome do Primeiro. Como sempre se deveria fazer na primeira vez. Na verdade a idéia veio daqui mesmo. Nesta mesma sala de onde agora escrevo este primeiro post. A aula era sobre iniciação em blog's, e deveriamos, após a criação dele, fazer o primeiro post. E de fato, fizemos-o. (Sacou?) Mas o assuto de hoje não é esse.

O primeiro do Primeiro é sobre o primeiro trabalho de tevê do ano: "O Povo Fala". Enaltecedora a idéia de já no primeiro bimestre do primeiro ano de aulas de telejornalismo, sair para as ruas com microfone na mão, mesmo sem ter técnica nenhuma, para brincar de ser repórter. Produtor e editor à parte, quem inicia seu primeiro passo para o estrelato televisivo é Andrei Spinnateli. Eu, Gustavo Pelogia e Felipe Maia, desta vez, somos aqueles que fazem um monte de coisa, mas que ninguém vê. Tudo bem, as funções são rotativas e todo mundo terá sua oportunidade ao sol. Se bem que eu gosto mais de ficar na sombra. Mas isso não vem ao caso.

Neste primeiro trabalho, perguntamos na Avenida Paulista sobre os comerciais de cerveja da televisão. E veio tudo que é resposta. Tem gente que gosta do comercial, tem gente gosta cerveja, gente que gosta só das mulheres, gente que gosta de aparecer na televisão e o conjunto de tudo isso. Mas tem também aqueles fogem. Uns da camera, outros da cerveja. Ninguém fugiu das mulheres. Só elas que fugiram das câmeras. Mesmo assim a gente capturou algumas. Elas só não parecem as do comercial. Mas como não estamos fazendo comercial de cerveja, não precisamos delas, certo? O que vale aqui é a boa resposta, indepedente da sua opinião.

Enfim, semana que vem nós colocamos o video aqui. Ele vai entrar na programação daquele canal novo, o YouTube. E eles, gentilmente, autorizaram a publicação no Primeiro. Com exclusividade!

Nos vemos semana que vem. Quer dizer, semana que vem vocês no veêm. Ou os dois. O que importa é que você venha bisbilhotar aqui.


Por ora, vou tomar a minha cervejinha.